Onde é que eu já ouvi isto? Há 4 anos. Mas na verdade a mudança onde está? Vejo exactamente os mesmos nomes a concorrer aos mesmos lugares, e quando assim não é, fazem-se trocas para enganar o freguês. Senão repare-se.
Vejo um Bloco de Esquerda cada vez mais refém da política nacional, que naturalmente utópica e desfasada da realidade, porque entende que aconteça o que acontecer, seja qual a política a seguir, o estado tem sempre dinheiro para tudo e, por isso, todos os problemas têm solução. Não se percebem é ideias construtivas para aplicar nas aldeias, nas freguesias, neste e naquele descampado, onde aí sim, se precisa de uma visão de desenvolvimento.
Vejo, também, um Partido Socialista, derrotado à partida, ciente das limitações de um candidato, que mérito lhe seja dado, conseguiu passar despercebido, quer como vereador quer como deputado. Alvíssaras para quem se lembrou de impedir duplas e triplas candidaturas. Mas a praxis não tem é força de lei! O Governo/PS ao invés de legislar, inconstitucionalmente, sobre a ASAE, colocando em causa milhares de acções de fiscalização deste órgão, melhor fazia se promovesse a discussão e legislasse no sentido de acabar com candidaturas múltiplas, isto sim seria transparência.
Quanto ao Psd, um partido com uma máquina autárquica demolidora, vê em qualquer eleição local um trampolim para o sucesso a nível nacional. Não vou, desta feita, realçar os feitos, ou não feitos do actual Executivo Camarário, e muito haveria a dizer, vou tão somente lembrar, e nunca é demais alertar, que demasiados anos no poder são susceptíveis de criar algum desconforto.
Quando me perguntaram sobre o gesto de Manuel Pinho na Assembleia da República, imediatamente o associei ao gesto tão ou menos elegante, porque convicto do acto, do nosso Presidente da Câmara. Então mas onde está a moralidade de se criticar o gesto de Sr. Ministro e não se perceber que dentro de casa há quem se aproveite de um púlpito para falar como se tivesse numa reunião partidária de 5ª categoria?
Mais uma vez, lembro que não está em causa o nosso bem sucedido Presidente da Câmara que, verdade seja dita, tem sabido manter a cidade bonita e arranjada, para inglês ver.
Não conseguiu foi, em quase duas décadas, fazer de Viseu uma cidade virada para o exterior e cativadora de jovens quadros e importadora de riqueza para a região. O mesmo se pode dizer das freguesias mais rurais, sedentas dos mais basilares meios de sobrevivência, como água canalizada, luz saneamento entre outros que têm sido ano após ano esquecidas.
Ora é perante esta realidade que a cidade clama por uma lufada de ar fresco.
As pessoas começam a estar fartas, de jogadas de bastidores, de ameaças e tentativas de controlo da vontade individual. Há vontade de mudar! Já se ouve em voz alta a desmobilização das massas, já se percebem os erros.
É neste contexto que se pede uma candidatura à Câmara de Viseu, de contraste com tudo isto. Pede-se uma candidatura que traga não só ideias novas como soluções eficazes e capazes de colocar a cidade no patamar há tanto desejado.
Pede-se uma candidatura de gentes de Viseu, mas não de pessoas que vivam para a política e que a usem em seu proveito. Não! Pede-se alguém com capacidade, com conhecimento, com a visão de futuro, que foi possível adquirir, infelizmente, lá fora, mas que esteja disposto a colocá-la ao serviço dos Viseenses.
Alguém, no fundo, que entenda Viseu, e que com o entusiasmo de um filho da terra consiga fazer por Viseu aquilo que em quase vinte anos não foi feito.
Wednesday, July 15, 2009
Saturday, June 20, 2009

“Prova acessível e perguntas fáceis. Foi assim que muitos alunos classificaram os exames nacionais na disciplina de Português.
Alunos houve que disseram mesmo que foi fácil de mais.
São os alunos que o dizem: Exames fáceis para melhorar as estatísticas”.
Pois é, por isso é que não há reprovações! Por isso é que as estatísticas de aproveitamento escolar sugerem uma melhoria a cada ano que passa. Cheguei a saber que os alunos do 9º ano fazem exames com perguntas, na sua maioria, do 7º e 8º ano. Está-se a governar para as estatísticas e não para as pessoas. Está-se a matar o ensino. Fecham-se escolas, legisla-se contra professores, vendem-se Magalhães defeituosos, estamos a embrutecer cada vez mais os jovens. Critica-se, hoje, a manutenção, nos tempos da ditadura, de um povo pouco instruído
já que quanto menos evoluído este fosse menos problemas causaria. Penso que hoje é que isso acontece, a avaliar pelas políticas miseráveis de ensino. No tempo dos nossos avós, não havia erros ortográficos, não havia dúvidas na tabuada, sabiam-se a cantar os rios os afluentes e os respectivos ribeiros de norte a sul. As capitais mundiais não eram esquecidas. E hoje o que sabem os nossos alunos? Abreviaturas de msn que chegam a usar em exames nacionais…
Alunos houve que disseram mesmo que foi fácil de mais.
São os alunos que o dizem: Exames fáceis para melhorar as estatísticas”.
Pois é, por isso é que não há reprovações! Por isso é que as estatísticas de aproveitamento escolar sugerem uma melhoria a cada ano que passa. Cheguei a saber que os alunos do 9º ano fazem exames com perguntas, na sua maioria, do 7º e 8º ano. Está-se a governar para as estatísticas e não para as pessoas. Está-se a matar o ensino. Fecham-se escolas, legisla-se contra professores, vendem-se Magalhães defeituosos, estamos a embrutecer cada vez mais os jovens. Critica-se, hoje, a manutenção, nos tempos da ditadura, de um povo pouco instruído
já que quanto menos evoluído este fosse menos problemas causaria. Penso que hoje é que isso acontece, a avaliar pelas políticas miseráveis de ensino. No tempo dos nossos avós, não havia erros ortográficos, não havia dúvidas na tabuada, sabiam-se a cantar os rios os afluentes e os respectivos ribeiros de norte a sul. As capitais mundiais não eram esquecidas. E hoje o que sabem os nossos alunos? Abreviaturas de msn que chegam a usar em exames nacionais…
Friday, June 19, 2009
Sunday, June 14, 2009
Trilogia
Começa este fim-de-semana a maior saga eleitoral que a minha memória consegue recordar.
As eleições Europeias são, assim, o ponto de arranque para 4 meses de campanha eufórica, anestesiadora da crise que o país enfrenta, mas o que importa isso…
O ano louco, como alguns lhe chamaram, deixa antever curiosas interpretações no que aos resultados diz respeito.
Tenho visto e ouvido comentadores de referência ligados aos “partidos do centrão”, dizerem que este primeiro escrutínio não pode nem deve ser extrapolado para as eleições legislativas. Retira-se daqui que seja qual for o resultado, que aparentemente se percebe mau para o Partido Socialista, a cautela dos números aconselha a não retirar dai dividendos políticos. A questão, no entanto, parece igual para ambos, é que saber-se que o PS vai descer, pelas sondagens que vão saindo, já sabemos. Agora a grande dúvida é saber em que exacta medida pode o anterior voto PS oscilar directamente para o PSD. É que a oposição realizada pela da DR.ª Ferreira Leite é fraca e nada motivadora. Assim sendo qualquer que seja o resultado eleitoral, nas Europeias, não parece por si só, suficiente para se inferir que o povo prefere um ou outro em sede de Legislativas.
Quero já dizer que não partilho desta análise. A razão, a meu ver, parece simples. Não se assistiu nesta campanha, como devia, a uma discussão sobre a Europa. Os temas de relevo que hoje vão marcando a agenda europeia não foram sequer aflorados, a não ser na mísera questão do imposto europeu. Mais um? E é pena, cada vez mais as pessoas se identificam menos com a Europa, e por incrível que pareça a única relação que têm com ela é a utilização de uma moeda, o Euro, que para além de ter vindo atrapalhar o câmbio, veio também contribuir para o aumento generalizado do custo de vida.
O povo português não foi informado, como devia, sobre o relevo que é para Portugal ter uma posição forte e fortalecida, no Parlamento Europeu. Isso só é conseguido com uma discussão pública eficaz e generalizada para que no dia das eleições cada um de nós tenha orgulho em votar no projecto que melhor dignifique a nossa bandeira. Estar forte na Europa significa atrair e conquistar fundos imperiosos para Portugal, seja no desenvolvimento agrícola seja no desenvolvimento industrial, mas seja também na reabilitação do espaço rural ou no desenvolvimento de cidades como Viseu onde uma viragem para o exterior parece nunca mais chegar.
Como tudo isto foi deixado para segundo plano, propositadamente ou não, a campanha eleitoral fundou-se na miserável política interna, com acusações mútuas sabe-se lá do que e é por isso que a minha opinião é a de que a interpretação dos resultados eleitorais deste fim-de-semana só pode ser o reflexo do sentimento do País em relação ao Governo e à própria oposição do PSD.
Quem vai ganhar com isto serão os partidos dos extremos, porque de alguma forma se abstêm de participar nesta politica cada vez mais precária e vazia de soluções, promotora mesmo do analfabetismo de um povo cada vez mais alheado do mundo político que o rodeia.
Ainda assim, seja qual for a razão, apelo a que se vote, nada pior existe do que criticar sem sequer se ter cumprido o dever de fazer reflectir essa critica num direito inalienável, que é o voto.
Publicado no Portal Viseu a 5 de Junho de 2009
As eleições Europeias são, assim, o ponto de arranque para 4 meses de campanha eufórica, anestesiadora da crise que o país enfrenta, mas o que importa isso…
O ano louco, como alguns lhe chamaram, deixa antever curiosas interpretações no que aos resultados diz respeito.
Tenho visto e ouvido comentadores de referência ligados aos “partidos do centrão”, dizerem que este primeiro escrutínio não pode nem deve ser extrapolado para as eleições legislativas. Retira-se daqui que seja qual for o resultado, que aparentemente se percebe mau para o Partido Socialista, a cautela dos números aconselha a não retirar dai dividendos políticos. A questão, no entanto, parece igual para ambos, é que saber-se que o PS vai descer, pelas sondagens que vão saindo, já sabemos. Agora a grande dúvida é saber em que exacta medida pode o anterior voto PS oscilar directamente para o PSD. É que a oposição realizada pela da DR.ª Ferreira Leite é fraca e nada motivadora. Assim sendo qualquer que seja o resultado eleitoral, nas Europeias, não parece por si só, suficiente para se inferir que o povo prefere um ou outro em sede de Legislativas.
Quero já dizer que não partilho desta análise. A razão, a meu ver, parece simples. Não se assistiu nesta campanha, como devia, a uma discussão sobre a Europa. Os temas de relevo que hoje vão marcando a agenda europeia não foram sequer aflorados, a não ser na mísera questão do imposto europeu. Mais um? E é pena, cada vez mais as pessoas se identificam menos com a Europa, e por incrível que pareça a única relação que têm com ela é a utilização de uma moeda, o Euro, que para além de ter vindo atrapalhar o câmbio, veio também contribuir para o aumento generalizado do custo de vida.
O povo português não foi informado, como devia, sobre o relevo que é para Portugal ter uma posição forte e fortalecida, no Parlamento Europeu. Isso só é conseguido com uma discussão pública eficaz e generalizada para que no dia das eleições cada um de nós tenha orgulho em votar no projecto que melhor dignifique a nossa bandeira. Estar forte na Europa significa atrair e conquistar fundos imperiosos para Portugal, seja no desenvolvimento agrícola seja no desenvolvimento industrial, mas seja também na reabilitação do espaço rural ou no desenvolvimento de cidades como Viseu onde uma viragem para o exterior parece nunca mais chegar.
Como tudo isto foi deixado para segundo plano, propositadamente ou não, a campanha eleitoral fundou-se na miserável política interna, com acusações mútuas sabe-se lá do que e é por isso que a minha opinião é a de que a interpretação dos resultados eleitorais deste fim-de-semana só pode ser o reflexo do sentimento do País em relação ao Governo e à própria oposição do PSD.
Quem vai ganhar com isto serão os partidos dos extremos, porque de alguma forma se abstêm de participar nesta politica cada vez mais precária e vazia de soluções, promotora mesmo do analfabetismo de um povo cada vez mais alheado do mundo político que o rodeia.
Ainda assim, seja qual for a razão, apelo a que se vote, nada pior existe do que criticar sem sequer se ter cumprido o dever de fazer reflectir essa critica num direito inalienável, que é o voto.
Publicado no Portal Viseu a 5 de Junho de 2009
Friday, May 8, 2009
Enfim

"A Praça 2 de Maio, em Viseu, vai voltar a sofrer obras de requalificação, depois de o espaço ter sofrido uma intervenção de fundo entre 1998 e 2001.
De acordo com o presidente da Câmara de Viseu, Fernando Ruas, o arquitecto responsável pelo projecto, Siza Vieira, já aceitou as propostas de alteração da autarquia. "O senhor arquitecto já nos fez uma proposta que modifica em muito, para melhorar o espaço", afirmou Fernando Ruas na reunião da Assembleia Municipal."
Acho isto ridículo.
A praça dois de Maio, desde as obras, de montante inqualificável, sempre foi um cancro a céu aberto. Uma perfeita inutilidade. Lá se arranjaram uns concertos no verão, quando tem mais movimento. Passados nem dez anos, lá se vai gastar mais dinheiro. Será que é o Siza que tem pouca perspectiva de futuro? A obra que assina é sujeita a revisão ordinária? Nós é que pagamos estas alterações de humor?
A praça dois de Maio, desde as obras, de montante inqualificável, sempre foi um cancro a céu aberto. Uma perfeita inutilidade. Lá se arranjaram uns concertos no verão, quando tem mais movimento. Passados nem dez anos, lá se vai gastar mais dinheiro. Será que é o Siza que tem pouca perspectiva de futuro? A obra que assina é sujeita a revisão ordinária? Nós é que pagamos estas alterações de humor?
Dr. Ruas em vez de se gastar dinheiro a embelezar a cidade com questões supérfluas, cuja utilidade é muito duvidosa, vamos antes carrear esses montantes para dotar as freguesias do concelho com melhores meios, com melhor qualidade de vida, não ditando as pessoas ao isolamento e a condições de vida que em alguns lugares mais parece viver-se, ainda, na idade média
Saturday, March 7, 2009
Mais erros
Absolutamente incrível
É bem sabido o emprenho que o nosso Primeiro Ministro emprega na defesa das suas “ pseudo-reformas”. Sejam elas boas ou más a verdade é que pela forma como as impõe a todos nós, quase parecem a solução única e ideal de todos os problemas do País.
Todos nós sabemos a dedicação que Sócrates deu à promoção do Magalhães, alegando que este era o mecanismo ideal para os nossos pequenos alunos estudarem e aprenderem a escrever a nossa língua. Mas pasme-se o Magalhães vem cheio de erros ortográficos. Ainda acham que o senhor tem condições?
É bem sabido o emprenho que o nosso Primeiro Ministro emprega na defesa das suas “ pseudo-reformas”. Sejam elas boas ou más a verdade é que pela forma como as impõe a todos nós, quase parecem a solução única e ideal de todos os problemas do País.
Todos nós sabemos a dedicação que Sócrates deu à promoção do Magalhães, alegando que este era o mecanismo ideal para os nossos pequenos alunos estudarem e aprenderem a escrever a nossa língua. Mas pasme-se o Magalhães vem cheio de erros ortográficos. Ainda acham que o senhor tem condições?
Friday, March 6, 2009
CÓDIGO DE TRABALHO
A utilização do código de trabalhado está cada vez mais fácil. Agradeço a este governo a criação da obra-prima da legislação laboral.
Qualquer questão que tenha de recorrer ao código, tenho nada mais nada menos de me socorrer de três códigos de trabalho diferentes. Sim porque ainda que publicado recentemente este novo menino-prodígio do governo PS, tem o condão de em cerca de 70 por cento não estar em vigor ou estar na dependência da criação de legislação avulsa. Obrigado PS.
Qualquer questão que tenha de recorrer ao código, tenho nada mais nada menos de me socorrer de três códigos de trabalho diferentes. Sim porque ainda que publicado recentemente este novo menino-prodígio do governo PS, tem o condão de em cerca de 70 por cento não estar em vigor ou estar na dependência da criação de legislação avulsa. Obrigado PS.
Sunday, February 22, 2009

Já alertei em vários fóruns, e felizmente, já muita gente se apercebeu, da farsa televisiva que é a utilização de criancinhas na promoção do super computador e do desmame que é necessário os pais fazerem por lhes ser retirado o brinquedo que estas julgavam seu.
Para além disto, e já não é pouco, há uma questão ainda mais aberrante que tem de ser denunciada. É que o governo obrigou os pais dos alunos a comprar um computador, mesmo não tendo condições económicas, apesar do valor da compra estar dependente da RESPECTIVA capacidade aquisitiva, tal como se compram os manuais escolares.
Portanto, todos partimos do principio que tal como os manuais escolares, também o pc maravilha fosse utilizado na formação dos pirralhos, mas não! Como vem sendo apanágio deste governo, paga-se algo que não se utiliza! Isto origina, que as criancinhas tenham um computador que não é utilizado porque não só os professores não sabem utilizar, não faz parte do plano de estudos a sua utilização e as famílias desfavorecidas que muitas vezes nem microondas têm em casa se vejam na obrigação de adquirir um objecto que aos seus olhos mais parece uma tostamisteira para ficar arrumado no armário.É ESTE O PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO PÁIS…
Para além disto, e já não é pouco, há uma questão ainda mais aberrante que tem de ser denunciada. É que o governo obrigou os pais dos alunos a comprar um computador, mesmo não tendo condições económicas, apesar do valor da compra estar dependente da RESPECTIVA capacidade aquisitiva, tal como se compram os manuais escolares.
Portanto, todos partimos do principio que tal como os manuais escolares, também o pc maravilha fosse utilizado na formação dos pirralhos, mas não! Como vem sendo apanágio deste governo, paga-se algo que não se utiliza! Isto origina, que as criancinhas tenham um computador que não é utilizado porque não só os professores não sabem utilizar, não faz parte do plano de estudos a sua utilização e as famílias desfavorecidas que muitas vezes nem microondas têm em casa se vejam na obrigação de adquirir um objecto que aos seus olhos mais parece uma tostamisteira para ficar arrumado no armário.É ESTE O PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO PÁIS…
Saturday, February 21, 2009
Porque nunca é demais dizê-lo

Falar em relação jurídica, qualquer que ela seja, entre homossexuais, não me traz problema de maior. Era o que mais faltava que as pessoas em razão da sua preferência sexual fossem de alguma forma marginalizadas. Mas atenção, se querem uma discussão séria então vamos ser sérios nos argumentos. Não se pode invocar a Constituição, de forma leviana e pouco informada quanto à sua ratio. A criação legislativa, ainda que aberrante nos últimos tempos, funda-se, sempre, no uso e no costume, em primeira linha e por isso ela é o reflexo de todo um povo. Ainda que, em Portugal, esta vivência consuetudinária não seja uma fonte imediata de direito como por exemplo em Inglaterra.Dito isto, também me parece que a nossa trave mestra deve sofrer uma profunda revisão, aliás já há muito defendida pela JP, revisão essa que permita uma maior adaptação à realidade.
Se o costume não é fonte imediata de direito, a verdade é que o legislador tem o dever de actuar em função da evolução na consciência cívica de todo um povo. Por isso, a questão que coloco é se o povo português, admite sequer a inclusão no seu vasto leque legislativo, da catalogação de uma união homossexual, se o povo português está devidamente preparado para ver os direitos de gozo equiparados e, também, se o povo está preparado para uma evolução constitucional no sentido de se uniformizarem os casamentos. A meu ver não está.
Por outro lado dizer que a instituição casamento tradicional não é milenar, que existe só há cento e tais anos é no mínimo estranho. De outra forma como sustentaríamos todas as monarquias e suas linhagens senão pelo fruto dessa mesma união a que se chamou casamento?
O casamento é, e sempre foi, uma união devidamente formalizada entre um homem e uma mulher. Também não atribuímos o nome de casamento à união de facto entre heterossexuais, porque são realidades diferentes, visam fins diferentes e têm tratamento jurídico no que a direitos e obrigações diz respeito diferente.
O termo casamento é, por isso, direccionado a uma realidade específica que a Santa igreja e o Estado tipificaram na concordata. Mas por obra de quê ou de quem tem o tradicional contrato de casamento de ser alterado? Este contrato sujeito a direitos e deveres devidamente regulados, não pode ser o mesmo que une dois homossexuais, na medida em que as questões de perfilhação, de adopção e de paternidade, que compõem o casamento não podem, sequer, ser equacionadas nas uniões a quem tem o mesmo sexo, já em termos fiscais não tenho nada a opor. Agora colocar os interesses pessoais à frente dos interesses de crianças que não têm possibilidade de escolha é intolerável. Claro que todos têm o direito a uma união, crie-se, pois, uma forma jurídica para a formalização deste vínculo. Mas não se alterem séculos de história, nem se lhes atribua direitos que são indissociáveis do casamento tradicional.
Se o costume não é fonte imediata de direito, a verdade é que o legislador tem o dever de actuar em função da evolução na consciência cívica de todo um povo. Por isso, a questão que coloco é se o povo português, admite sequer a inclusão no seu vasto leque legislativo, da catalogação de uma união homossexual, se o povo português está devidamente preparado para ver os direitos de gozo equiparados e, também, se o povo está preparado para uma evolução constitucional no sentido de se uniformizarem os casamentos. A meu ver não está.
Por outro lado dizer que a instituição casamento tradicional não é milenar, que existe só há cento e tais anos é no mínimo estranho. De outra forma como sustentaríamos todas as monarquias e suas linhagens senão pelo fruto dessa mesma união a que se chamou casamento?
O casamento é, e sempre foi, uma união devidamente formalizada entre um homem e uma mulher. Também não atribuímos o nome de casamento à união de facto entre heterossexuais, porque são realidades diferentes, visam fins diferentes e têm tratamento jurídico no que a direitos e obrigações diz respeito diferente.
O termo casamento é, por isso, direccionado a uma realidade específica que a Santa igreja e o Estado tipificaram na concordata. Mas por obra de quê ou de quem tem o tradicional contrato de casamento de ser alterado? Este contrato sujeito a direitos e deveres devidamente regulados, não pode ser o mesmo que une dois homossexuais, na medida em que as questões de perfilhação, de adopção e de paternidade, que compõem o casamento não podem, sequer, ser equacionadas nas uniões a quem tem o mesmo sexo, já em termos fiscais não tenho nada a opor. Agora colocar os interesses pessoais à frente dos interesses de crianças que não têm possibilidade de escolha é intolerável. Claro que todos têm o direito a uma união, crie-se, pois, uma forma jurídica para a formalização deste vínculo. Mas não se alterem séculos de história, nem se lhes atribua direitos que são indissociáveis do casamento tradicional.
Thursday, February 19, 2009
Monday, February 16, 2009

Sócrates ganhou com 96%! Pode até ser verdade, mas como já tudo cheira a mentira, para além desta percentagem me parecer duvidosa, não nos podemos esquecer é que esta se refere apenas aos que votaram.
Mas quantos é que foram votar no universo socialista? Sim porque 96 % de por exemplo 500 votos não é lá grande resultado. Será que por mero acaso não foram votar muito menos camaradas do que nas eleições anteriores??
Mas quantos é que foram votar no universo socialista? Sim porque 96 % de por exemplo 500 votos não é lá grande resultado. Será que por mero acaso não foram votar muito menos camaradas do que nas eleições anteriores??
Thursday, February 12, 2009
CV de Armando Vara
Wednesday, February 11, 2009
Segundo Mario Crespo

"
-Façamos de conta que a OCDE se pronunciou sobre a educação em Portugal considerando-a do melhor que há no Mundo.
-Façamos de conta que Jorge Coelho nunca disse que "quem se mete com o PS leva". Façamos de conta que Augusto Santos Silva nunca disse que do que gostava mesmo era de "malhar na Direita.
-Façamos de conta que o director do Sol não declarou que teve pressões e ameaças de represálias económicas se publicasse reportagens sobre o Freeport.
-Façamos de conta que o ministro da Presidência Pedro Silva Pereira não me telefonou a tentar saber por "onde é que eu ia começar" a entrevista que lhe fiz sobre o Freeport e não me voltou a telefonar pouco antes da entrevista a dizer que queria ser tratado por ministro e sem confianças de natureza pessoal."
Tuesday, February 10, 2009
Maiorias???

Vitalino Canas"Difícil sem maioria"
"Portugal teria, nessas circunstâncias, se não houvesse nenhuma maioria absoluta, difíceis condições de governabilidade, tendo em conta a situação em que o País se encontra."
É impressão minha ou a democracia é isso mesmo? Não haver maiorias…promovendo assim cedências, acordos e uma governação mais abrangente?
Tuesday, February 3, 2009
Thursday, January 29, 2009
Colocar o lugar à disposição do P.R.

Eu não sei, nem tenho que saber dos meandros do caso Freeport . O que sei, é que se fala ultimamente em fugas de informação, em violação de segredos de justiça, sem termos a noção da gravidade que é pela comunicação social a divulgação de documentos de prova que fazem parte integrante do processo em causa. Para quem não sabe, a reprodução de peças processuais ou de documentos, salvo obtidas por certidão ou obtidas por autorização expressa, por parte dos meios de comunicação social, é expressamente proibida por lei sob pena de crime de desobediência.
Em vários fóruns referi que a comunicação social, deveria ser responsabilizada e fortemente admoestada por dar origem a julgamentos em praça pública. Não quer isto dizer em sede de jornalismo de investigação que não lhe caiba o direito ao impulso processual, mas neste ponto se deve esgotar a sua intervenção. Ou seja denunciar!
No entanto é bem sabido, que a comunicação social é de facto o maior poder instituído e que manipula, a seu bel-prazer , a consciência dos menos informados e também por isso, cada vez mais, se desdramatiza grande parte das coisas que são ditas e a forma como são ditas.
No entanto, a comunicação social, ciente que está, do que referi anteriormente, e também no que toca à penalização a que esta sujeita pela divulgação de informação vedada ao publico, não arriscaria ”exigir “a demissão do Primeiro Ministro se não tivesse conscientemente a par do que realmente se passou nos primórdios do caso Freeport.
Repito, a comunicação social sabe qual a intervenção se Sócrates, tal como a boca fechada se vem falando há muito, e neste momento o Primeiro-ministro já não tem condições, tem mesmo de colocar o lugar a disposição. Não há condições de credibilidade. Tudo nele transmite mentira.
Em vários fóruns referi que a comunicação social, deveria ser responsabilizada e fortemente admoestada por dar origem a julgamentos em praça pública. Não quer isto dizer em sede de jornalismo de investigação que não lhe caiba o direito ao impulso processual, mas neste ponto se deve esgotar a sua intervenção. Ou seja denunciar!
No entanto é bem sabido, que a comunicação social é de facto o maior poder instituído e que manipula, a seu bel-prazer , a consciência dos menos informados e também por isso, cada vez mais, se desdramatiza grande parte das coisas que são ditas e a forma como são ditas.
No entanto, a comunicação social, ciente que está, do que referi anteriormente, e também no que toca à penalização a que esta sujeita pela divulgação de informação vedada ao publico, não arriscaria ”exigir “a demissão do Primeiro Ministro se não tivesse conscientemente a par do que realmente se passou nos primórdios do caso Freeport.
Repito, a comunicação social sabe qual a intervenção se Sócrates, tal como a boca fechada se vem falando há muito, e neste momento o Primeiro-ministro já não tem condições, tem mesmo de colocar o lugar a disposição. Não há condições de credibilidade. Tudo nele transmite mentira.
Wednesday, January 28, 2009
Forma VS Conteúdo

É bem sabido que o melhor conteúdo exige, sempre, uma não menos cuidada forma.
Todos os agentes judiciários, aqueles que diariamente trabalham no tribunal, ou ainda que se lá não desloquem, conhecem, como ninguém, os meandros do sistema judicial.
Ontem, na cerimónia de abertura do novo ano judicial, deparei-me com uma série de considerandos, do nosso Bastonário Marinho Pinto, que me mereceram alguma reflexão.
Uma vez mais foram minuciosamente revelados e criticados alguns dos cancros do nosso sistema judicial.
É bom que se reflicta sobre determinadas questões, como a promiscuidade existente entre o MP e os Juízes, é como a mulher de César… diariamente nos apercebemos da cumplicidade existente entre estes órgãos em pleno tribunal.
Vejamos, os juízes que apreciam determinada causa em tribunal sãos os mesmos que ao fim da cessão de julgamento almoçam com o procurador do MP, sem que tal se lhes pareça anormal. Relembro que estes dois órgãos representam partes distintas no processo. Que diria o cidadão comum, se visse o advogado da contraparte sair no mesmo carro do juiz e com ele fosse visto num qualquer restaurante a almoçar!? Ora, já não é primeira nem segunda vez que eu tenho que explicar a um cliente que isto sendo prática corrente, não quer dizer necessariamente que o juiz ao proferir a sua decisão o faça em conluio com o Digníssimo Magistrado do MP. Mas não basta parecer será que há mesmo isenção? Impossível.
Que dizer, por outro lado, que os Exmos. Juízes por economia de trabalho, marcam dezenas de diligências ou cessões de audiência de discussão e julgamento para a mesma hora, fazendo testemunhas, Autores, Réus, Arguidos, Assistentes e Advogados esperar horas a fio pelo inicio dos trabalhos. Que tortura é para as testemunhas, por vezes com dificuldades de locomoção, ou porque se deslocam de propósito de uma outra cidade ou aldeia longínqua e chegar ao fim de não sei quantas horas de espera e dizer-lhes que afinal terão de lá voltar passados uns dias!
Relembro um expediente que recentemente tenho aconselhado porque o comecei a usar e tal vem previsto no art.º 266B C.P.C.; que impõe ao juiz quando a cessão se não inicie dentro dos 30 minutos seguintes ao seu começo, ele tenha de justificar o atraso, caso contrario estão as partes dispensadas automaticamente ,ficando tal facto vertido em acta.
Ora, apelo sinceramente à utilização de tal mecanismo, em Viseu já começou a ser utilizado.
Apenas com estes dois exemplos, e há tantos mais, como a criação legislativa em cima do joelho por quem nunca pisou uma barra de tribunal, aos desleixos dos funcionários judiciais, dá para perceber que muita coisa tem de ser alterada. Por isso percebo a revolta do nosso Bastonário, ele de facto detecta os problemas porque os viveu, mas penso que há forma mais cuidada de revelar estes vícios, primeiro em sede própria e fora daí com mais parcimónia. Mas todos sabemos que se não é com revelações bombásticas nada se muda e tudo se mantém .
Tuesday, January 27, 2009
Curiosidade ou controlo de informação?

Que todos nós suspeitamos, e que alguns sabem-no bem, a comunicação social está a ser fortemente controlada pelo governo . Exemplo disto foi o caso que envolveu, a correspondente da RTP em Madrid, que levou à quase demissão de José Rodrigues dos Santos. Casos como cerimónias de entregas do Magalhães, que de português não tem nada, a criancinhas que para a TV fingem ser já donos dessa pequena maravilha, mal se apagam os holofotes estes mini computadores são-lhes retirados para mais uma acção publicitária noutra escola a designar, e que incompreensivelmente os noticiários a isso não se reportam.
Muitos mais exemplos haveria a dar e por isso é que aplaudo a Manuela Moura e Guedes que em entrevista vem explicitamente dizer que este governo tenta, abusivamente, condicionar os telejornais, pretendendo saber de antemão qual o alinhamento dos noticiários e saber se haverá alguma noticia desfavorável ao Primeiro Ministro.
Se isto é feito na TVI, imagine-se agora na RTP!!
Parecidos, por acaso ou nem por isso

Em entrevista, ontem ao Mário Crespo, o nosso conhecido José Socrates, perdão Pedro Silva Pereira, Ministro da Presidência, foi justificar o aquilo que já se tornou injustificável. No entanto, para além da questão de mérito, sobre a legitimidade do caso freeport, recomendo apreciação de toda uma parecença gestual, comunicativa e de postura, deste último, com o nosso infeliz Primeiro-ministro. Será falta de personalidade ou algo mais? E a propósito, que tal abolir este Ministério alguém lhe atribui alguma utilidade?
Monday, January 26, 2009
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Hoje em dia como, todos nós sabemos, é mais fácil, ou melhor, é mais rápido celebrar um contrato com uma empresa prestadora de serviços do que por exemplo ir às compras. É verdade! A Pseudo-advocacia que é levada a cabo por estas empresas na estandardização de contratos “minutados”, que depois são um verdadeiro queijo suíço, tantos são os buracos que esses contratos enfermam, e que as pessoas assinam sem prévia consulta de advogados que cada dia que passa uma colónia nova de cabelos brancos me aparece sem piedade.
Em todo o caso iniciar estas ditas prestações de serviços é tão fácil, que deve ser para compensar, penso eu, depois n a sua resolução, principalmente no serviço Meo que anda a dar bastante que falar e pela negativa.
Desde o clausulado do contrato prever inicialmente, por exemplo duas televisões a transmitir sporttv e afinal passados uns meses dizerem que a sporttv deixou de permitir a sua difusão por duas televisões, aos meses que estamos para cancelar, resolver rescindir chame-se o que se quiser, o "complexo" contrato.
São vários os números de apoio e uma coisa garanto, por experiência própria, qualquer questão a tratar por estes números é prepararem um lanchinho, porque pelo menos uma hora em transferências de chamadas por operadores está garantido.
E a Anacom… que nada diz.
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