Wednesday, July 15, 2009

Ventos de mudança.

Onde é que eu já ouvi isto? Há 4 anos. Mas na verdade a mudança onde está? Vejo exactamente os mesmos nomes a concorrer aos mesmos lugares, e quando assim não é, fazem-se trocas para enganar o freguês. Senão repare-se.

Vejo um Bloco de Esquerda cada vez mais refém da política nacional, que naturalmente utópica e desfasada da realidade, porque entende que aconteça o que acontecer, seja qual a política a seguir, o estado tem sempre dinheiro para tudo e, por isso, todos os problemas têm solução. Não se percebem é ideias construtivas para aplicar nas aldeias, nas freguesias, neste e naquele descampado, onde aí sim, se precisa de uma visão de desenvolvimento.

Vejo, também, um Partido Socialista, derrotado à partida, ciente das limitações de um candidato, que mérito lhe seja dado, conseguiu passar despercebido, quer como vereador quer como deputado. Alvíssaras para quem se lembrou de impedir duplas e triplas candidaturas. Mas a praxis não tem é força de lei! O Governo/PS ao invés de legislar, inconstitucionalmente, sobre a ASAE, colocando em causa milhares de acções de fiscalização deste órgão, melhor fazia se promovesse a discussão e legislasse no sentido de acabar com candidaturas múltiplas, isto sim seria transparência.

Quanto ao Psd, um partido com uma máquina autárquica demolidora, vê em qualquer eleição local um trampolim para o sucesso a nível nacional. Não vou, desta feita, realçar os feitos, ou não feitos do actual Executivo Camarário, e muito haveria a dizer, vou tão somente lembrar, e nunca é demais alertar, que demasiados anos no poder são susceptíveis de criar algum desconforto.

Quando me perguntaram sobre o gesto de Manuel Pinho na Assembleia da República, imediatamente o associei ao gesto tão ou menos elegante, porque convicto do acto, do nosso Presidente da Câmara. Então mas onde está a moralidade de se criticar o gesto de Sr. Ministro e não se perceber que dentro de casa há quem se aproveite de um púlpito para falar como se tivesse numa reunião partidária de 5ª categoria?

Mais uma vez, lembro que não está em causa o nosso bem sucedido Presidente da Câmara que, verdade seja dita, tem sabido manter a cidade bonita e arranjada, para inglês ver.
Não conseguiu foi, em quase duas décadas, fazer de Viseu uma cidade virada para o exterior e cativadora de jovens quadros e importadora de riqueza para a região. O mesmo se pode dizer das freguesias mais rurais, sedentas dos mais basilares meios de sobrevivência, como água canalizada, luz saneamento entre outros que têm sido ano após ano esquecidas.

Ora é perante esta realidade que a cidade clama por uma lufada de ar fresco.
As pessoas começam a estar fartas, de jogadas de bastidores, de ameaças e tentativas de controlo da vontade individual. Há vontade de mudar! Já se ouve em voz alta a desmobilização das massas, já se percebem os erros.
É neste contexto que se pede uma candidatura à Câmara de Viseu, de contraste com tudo isto. Pede-se uma candidatura que traga não só ideias novas como soluções eficazes e capazes de colocar a cidade no patamar há tanto desejado.
Pede-se uma candidatura de gentes de Viseu, mas não de pessoas que vivam para a política e que a usem em seu proveito. Não! Pede-se alguém com capacidade, com conhecimento, com a visão de futuro, que foi possível adquirir, infelizmente, lá fora, mas que esteja disposto a colocá-la ao serviço dos Viseenses.
Alguém, no fundo, que entenda Viseu, e que com o entusiasmo de um filho da terra consiga fazer por Viseu aquilo que em quase vinte anos não foi feito.

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