
Saturday, June 20, 2009

“Prova acessível e perguntas fáceis. Foi assim que muitos alunos classificaram os exames nacionais na disciplina de Português.
Alunos houve que disseram mesmo que foi fácil de mais.
São os alunos que o dizem: Exames fáceis para melhorar as estatísticas”.
Pois é, por isso é que não há reprovações! Por isso é que as estatísticas de aproveitamento escolar sugerem uma melhoria a cada ano que passa. Cheguei a saber que os alunos do 9º ano fazem exames com perguntas, na sua maioria, do 7º e 8º ano. Está-se a governar para as estatísticas e não para as pessoas. Está-se a matar o ensino. Fecham-se escolas, legisla-se contra professores, vendem-se Magalhães defeituosos, estamos a embrutecer cada vez mais os jovens. Critica-se, hoje, a manutenção, nos tempos da ditadura, de um povo pouco instruído
já que quanto menos evoluído este fosse menos problemas causaria. Penso que hoje é que isso acontece, a avaliar pelas políticas miseráveis de ensino. No tempo dos nossos avós, não havia erros ortográficos, não havia dúvidas na tabuada, sabiam-se a cantar os rios os afluentes e os respectivos ribeiros de norte a sul. As capitais mundiais não eram esquecidas. E hoje o que sabem os nossos alunos? Abreviaturas de msn que chegam a usar em exames nacionais…
Alunos houve que disseram mesmo que foi fácil de mais.
São os alunos que o dizem: Exames fáceis para melhorar as estatísticas”.
Pois é, por isso é que não há reprovações! Por isso é que as estatísticas de aproveitamento escolar sugerem uma melhoria a cada ano que passa. Cheguei a saber que os alunos do 9º ano fazem exames com perguntas, na sua maioria, do 7º e 8º ano. Está-se a governar para as estatísticas e não para as pessoas. Está-se a matar o ensino. Fecham-se escolas, legisla-se contra professores, vendem-se Magalhães defeituosos, estamos a embrutecer cada vez mais os jovens. Critica-se, hoje, a manutenção, nos tempos da ditadura, de um povo pouco instruído
já que quanto menos evoluído este fosse menos problemas causaria. Penso que hoje é que isso acontece, a avaliar pelas políticas miseráveis de ensino. No tempo dos nossos avós, não havia erros ortográficos, não havia dúvidas na tabuada, sabiam-se a cantar os rios os afluentes e os respectivos ribeiros de norte a sul. As capitais mundiais não eram esquecidas. E hoje o que sabem os nossos alunos? Abreviaturas de msn que chegam a usar em exames nacionais…
Friday, June 19, 2009
Sunday, June 14, 2009
Trilogia
Começa este fim-de-semana a maior saga eleitoral que a minha memória consegue recordar.
As eleições Europeias são, assim, o ponto de arranque para 4 meses de campanha eufórica, anestesiadora da crise que o país enfrenta, mas o que importa isso…
O ano louco, como alguns lhe chamaram, deixa antever curiosas interpretações no que aos resultados diz respeito.
Tenho visto e ouvido comentadores de referência ligados aos “partidos do centrão”, dizerem que este primeiro escrutínio não pode nem deve ser extrapolado para as eleições legislativas. Retira-se daqui que seja qual for o resultado, que aparentemente se percebe mau para o Partido Socialista, a cautela dos números aconselha a não retirar dai dividendos políticos. A questão, no entanto, parece igual para ambos, é que saber-se que o PS vai descer, pelas sondagens que vão saindo, já sabemos. Agora a grande dúvida é saber em que exacta medida pode o anterior voto PS oscilar directamente para o PSD. É que a oposição realizada pela da DR.ª Ferreira Leite é fraca e nada motivadora. Assim sendo qualquer que seja o resultado eleitoral, nas Europeias, não parece por si só, suficiente para se inferir que o povo prefere um ou outro em sede de Legislativas.
Quero já dizer que não partilho desta análise. A razão, a meu ver, parece simples. Não se assistiu nesta campanha, como devia, a uma discussão sobre a Europa. Os temas de relevo que hoje vão marcando a agenda europeia não foram sequer aflorados, a não ser na mísera questão do imposto europeu. Mais um? E é pena, cada vez mais as pessoas se identificam menos com a Europa, e por incrível que pareça a única relação que têm com ela é a utilização de uma moeda, o Euro, que para além de ter vindo atrapalhar o câmbio, veio também contribuir para o aumento generalizado do custo de vida.
O povo português não foi informado, como devia, sobre o relevo que é para Portugal ter uma posição forte e fortalecida, no Parlamento Europeu. Isso só é conseguido com uma discussão pública eficaz e generalizada para que no dia das eleições cada um de nós tenha orgulho em votar no projecto que melhor dignifique a nossa bandeira. Estar forte na Europa significa atrair e conquistar fundos imperiosos para Portugal, seja no desenvolvimento agrícola seja no desenvolvimento industrial, mas seja também na reabilitação do espaço rural ou no desenvolvimento de cidades como Viseu onde uma viragem para o exterior parece nunca mais chegar.
Como tudo isto foi deixado para segundo plano, propositadamente ou não, a campanha eleitoral fundou-se na miserável política interna, com acusações mútuas sabe-se lá do que e é por isso que a minha opinião é a de que a interpretação dos resultados eleitorais deste fim-de-semana só pode ser o reflexo do sentimento do País em relação ao Governo e à própria oposição do PSD.
Quem vai ganhar com isto serão os partidos dos extremos, porque de alguma forma se abstêm de participar nesta politica cada vez mais precária e vazia de soluções, promotora mesmo do analfabetismo de um povo cada vez mais alheado do mundo político que o rodeia.
Ainda assim, seja qual for a razão, apelo a que se vote, nada pior existe do que criticar sem sequer se ter cumprido o dever de fazer reflectir essa critica num direito inalienável, que é o voto.
Publicado no Portal Viseu a 5 de Junho de 2009
As eleições Europeias são, assim, o ponto de arranque para 4 meses de campanha eufórica, anestesiadora da crise que o país enfrenta, mas o que importa isso…
O ano louco, como alguns lhe chamaram, deixa antever curiosas interpretações no que aos resultados diz respeito.
Tenho visto e ouvido comentadores de referência ligados aos “partidos do centrão”, dizerem que este primeiro escrutínio não pode nem deve ser extrapolado para as eleições legislativas. Retira-se daqui que seja qual for o resultado, que aparentemente se percebe mau para o Partido Socialista, a cautela dos números aconselha a não retirar dai dividendos políticos. A questão, no entanto, parece igual para ambos, é que saber-se que o PS vai descer, pelas sondagens que vão saindo, já sabemos. Agora a grande dúvida é saber em que exacta medida pode o anterior voto PS oscilar directamente para o PSD. É que a oposição realizada pela da DR.ª Ferreira Leite é fraca e nada motivadora. Assim sendo qualquer que seja o resultado eleitoral, nas Europeias, não parece por si só, suficiente para se inferir que o povo prefere um ou outro em sede de Legislativas.
Quero já dizer que não partilho desta análise. A razão, a meu ver, parece simples. Não se assistiu nesta campanha, como devia, a uma discussão sobre a Europa. Os temas de relevo que hoje vão marcando a agenda europeia não foram sequer aflorados, a não ser na mísera questão do imposto europeu. Mais um? E é pena, cada vez mais as pessoas se identificam menos com a Europa, e por incrível que pareça a única relação que têm com ela é a utilização de uma moeda, o Euro, que para além de ter vindo atrapalhar o câmbio, veio também contribuir para o aumento generalizado do custo de vida.
O povo português não foi informado, como devia, sobre o relevo que é para Portugal ter uma posição forte e fortalecida, no Parlamento Europeu. Isso só é conseguido com uma discussão pública eficaz e generalizada para que no dia das eleições cada um de nós tenha orgulho em votar no projecto que melhor dignifique a nossa bandeira. Estar forte na Europa significa atrair e conquistar fundos imperiosos para Portugal, seja no desenvolvimento agrícola seja no desenvolvimento industrial, mas seja também na reabilitação do espaço rural ou no desenvolvimento de cidades como Viseu onde uma viragem para o exterior parece nunca mais chegar.
Como tudo isto foi deixado para segundo plano, propositadamente ou não, a campanha eleitoral fundou-se na miserável política interna, com acusações mútuas sabe-se lá do que e é por isso que a minha opinião é a de que a interpretação dos resultados eleitorais deste fim-de-semana só pode ser o reflexo do sentimento do País em relação ao Governo e à própria oposição do PSD.
Quem vai ganhar com isto serão os partidos dos extremos, porque de alguma forma se abstêm de participar nesta politica cada vez mais precária e vazia de soluções, promotora mesmo do analfabetismo de um povo cada vez mais alheado do mundo político que o rodeia.
Ainda assim, seja qual for a razão, apelo a que se vote, nada pior existe do que criticar sem sequer se ter cumprido o dever de fazer reflectir essa critica num direito inalienável, que é o voto.
Publicado no Portal Viseu a 5 de Junho de 2009
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